sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Costela do Itaim"

Anjinho dormindo na casa da vovó, oportunidade excelente para a prática de terapia em grupo sobre a crise mãe/mulher/profissional... Evento: despedida light de solteira da Maricota. Local: Boteco São Bento.
Papo vai, caipirinha vem, chegou-se ao consenso que uma porção da chamada Costela do Itaim seria uma boa pedida, já que não era fritura, lanche ou pizza e não vinha na chapa (ninguém por lá queria ficar “defumada”).
A porção foi servida junto com um ponto de interrogação a respeito do seu tamanho. Depois de convencidas de que no Itaim as pessoas pagam mais e comem menos, foi iniciada a degustação da costela. Dois minutos de conversa e eis que chega uma nova porção, com o mesmo nome da que tinha sido pedida, porém de tamanho dobrado com uns pãezinhos de acompanhamento. Não foi necessário qualquer questionamento verbal (as expressões já diziam tudo!) e os garçons rapidamente passaram o “recibo” do que tinha acontecido: a porção servida anteriormente realmente tinha algo de errado, uma vez que já tinha sido servida em outra mesa que, após comer um pouquinho, pediu que fosse novamente esquentada. Confusão armada e o maitre, que deve ser um PHD na arte de conquistar clientes, tranqüilizou a todas informando que somente seria cobrado o que foi consumido, aS porçõeS de costela ( tanto o resto que foi servido como a que sequer foi tocada) seriam excluídas da conta. AAAAAHHHH BOM, assim está bem, realmente a compensação pela desorganização do boteco foi bastante proporcional ao erro que cometeram!!! UM ABSURDO! Como o bom humor de todas estava infinitamente maior do que a boa vontade e expertise do lugar, a noite terminou no pub (Grainnes) com muita gente bonita e música de primeira qualidade!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Mães

Hoje Potucão deu férias, então como não temos nada para postar no que pertine ao quesito "Vida de Bebê", segue um texto (é comprido, mas vale a pena começar, e se for gostando...) da Danuza Leão sobre a tarefa de ser mãe!! Parece que o tempo passa e coisas nunca mudam...

"Mães, geralmente é a vocês que cabe a educação dos filhos, sobretudo no capítulo modos à mesa, arrumação do quarto etc.
Não sejam preguiçosas!
É mais fácil fazer que ensinar.
Mas tenham coragem, ensinem.
E comecem cedo para que os bons hábitos se tornem uma segunda natureza e não um procedimento para se ter só na frente das visitas.
Seja rigorosa!
Eles vão te odiar às vezes.
Você vai querer esganá-los freqüentemente.
Faz parte entre as pessoas que se amam.
Mas um belo dia alguém vai dizer o quanto seu filho é educado, prestativo, gentil, querido.
Você vai desmaiar de surpresa e felicidade.
Eu nunca me esqueço daquela história da mãe que se dirigiu a uma especialista em boas maneiras para saber com que idade ela deveria colocar seu filho no curso.
Ao saber que o filho estava com três meses de idade ela respondeu: "Mas talvez já seja muito tarde!".
Não morra de vergonha se seu filho der um vexame a frente dos seus amigos.
Não valorize os erros nem dê bronca em público.
Nunca trate a criança como se ela fosse uma débil mental, elas entendem tudo!
Use sempre um bom vocabulário.
Isso aumenta a capacidade lingüística das crianças e não fique para morrer de culpa se algum dia precisar frustrar seu filho, tipo promessa que não pode ser cumprida, etc.
Apesar do que dizem os especialistas, uma frustraçãozinha de vez em quando prepara a criança para aprender a suportá-las quando no decorrer da vida elas infelizmente acontecerem.
O palavrão.
É dito por todos.
Até em televisão, escrito nos jornais, etc.
Pretender que uma criança não repita é puro delírio.
Vamos moderar.
Mas a regra de ouro seria: palavrão na linguagem corriqueira uma coisa, mas não pode ser usado jamais na hora da raiva, da briga.
Isso vale também para os adultos.
Ensinem, obriguem seus filhos a cuidarem da bagunça que fazem.
O copo de Coca-Cola?
De volta pra cozinha.
A revistinha que acabou de ler?
Para o quarto.
Os milhares de papeizinhos de Bis?
Amassar e jogar no cinzeiro.
A lista não tem fim porque a imaginação de uma criança para instalar o caos onde quer que esteja é também infinita.
Alguns mandamentos:
Não sair pra se servir correndo na frente dos outros.
O ideal, aliás, seria que as crianças até certa idade fizessem as refeições antes dos adultos, com as mães ali ao lado, patrulhando as boas maneiras.
Não deixar cair um grão sequer na mesa.
Não encher demais o prato.
Há fome no mundo, etc, etc...
Se encher que coma tudo.
A partir dos cinco anos, não cortar a carne toda de uma vez.
Cinco?
Talvez eu tenho exagerado.
Sete.
Não misturar carne com peixe.
Macarrão com farofa, etc.
Isso é cultura.
Pedir licença pra se levantar quando a refeição terminar, pode alegar que precisa estudar, para evitar aquela tortura de ficar na mesa até a hora do café.
Um suplício.
Não bater a porta do quarto com estrondo nem quando brigar com o irmão.
Só gritar se for por mordida de cobra.
Ou ficar mudo ou estático dentro do elevador.
Não chamar a amiga da mãe de tia.
Alias não chamar ninguém de tia a não ser as tias de verdade. (nesse quesito já estamos errando com o Gabriel, pois qualquer pessoa que não sejam os pais ou avós, são para ele "titia ou titio")
E só pra deixar bem claro: tia Rosina, tia Helena, nunca tia só.
Eu adoro bebes!
Quando começa a idade da correria, eu confesso que já adoro um pouco menos.
Eu tenho que dizer isso bem baixinho pra não ofender as mães.
Vamos então falar dessa fase sublime:
Elas gostam de passar no espaço de quinze centímetros que existe entre o sofá e a mesa, brincam de pique numa sala de dois por três.
Colocam a cadeira na frente da televisão, se penduram nos lustres, pintam as paredes da sala, o teto e etc, etc e tudo aos gritos.
Eu penso que esta talvez seja a fase de maior energia do ser humano.
Ah, é a idade das guerras de travesseiros, das almofadas que voam pela janela.
Jovens pais adoram essas traquinagens.
Tudo bem.
Mas não ache tão estranho se alguns de seus amigos não curtirem tanto quanto você essa fase tão adorável dos seus filhotes.
Crianças são difíceis mesmo, é preciso muita paciência pra agüentar o que elas freqüentemente aprontam.
Mas as crianças crescem, e um dia querem trazer a namorada pra dormir em casa.
Dinheiro para o Motel só se você der.
Então o que fazer?
Claro, a gente compreende a situação mas francamente, ter que cruzar no corredor com a gatona despenteada de camiseta e escova de dente na mão talvez perguntando: "Tia, dá pra me emprestar uma escova de cabelo?"
OK, dá.
Mas e se você tem três filhos?
Vão ser três gatonas?
Acho que eu liberaria a casa nos fins de semana e iria dormir no sofá da casa da minha mãe, de um amigo, no banco da praia, deixando a garotada à vontade.
Eles e eu numa boa.
Mas só até domingo às dezenove horas, nem um minuto a mais.
Mesmo os filhos mais modernos costumam ser caretésemos em relação as suas próprias mães.
Portanto, vá anotando, na frente dos filhos:
Mãe não namora, não toma mais de um drink, não fala que acha o Jeff Bridge um tesão.
Perdão!
Mãe não pronuncia essa palavra.
Nem sabe o que quer dizer.
Não usa mini-saia, não pode adorar Madona, só pode gostar de Roberto Carlos, Julio Iglesias.
Eles te amam, mas essas preferências sempre incomodam.
Nem amigos comuns se deve ter por precaução.
Portanto quando o destino colocar vocês na mesma festa, pareça o que eles querem que você seja, anule-se.
Tenha pouca, pouquíssima personalidade.
Faça o tipo distinto e alegre, se possível, use uma peruca grisalha.
Seja discreta e assexuada, tenha poucas opiniões, se enturme com os mais velhos e trate os mais jovens como se fosse assim uma tia simpaticona, nada mais.
Ria das historias deles e não conte nenhuma sua.
Mãe não tem passado.
Só fale de receitas, crianças, se ofereça pra levar um vestido na costureira pra consertar, tenha bons endereços pra fornecer.
Dicas de cozinha, conte como era o mundo do seu tempo, seus filhos vão adorar e depois dessa festa, vá correndo tomar um whisk duplo no bar do Bonju pra não ter um enfarte.
Em compensação, na frente dos netos, faça tudo que não deve e muito mais!
Netos costumam adorar avós, digamos, fora dos padrões.
É que eles sabem que vão poder contar com elas como fortes aliadas nas crises de caretice dos pais.
Cruel?
Não...
Apenas verdade.
E mais:
Isso é que faz o Equilíbrio da Vida.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Existe manual?

Em geral, quando estão à espera do seu primeiro filho (com o segundo tudo deve ser mais fácil!) as mães costumam devorar livros, artigos,consultas, enfim, tudo o que possa auxiliá-las para que a maternidade aconteça da forma menos estressante possível. Pois bem, em casa não foi diferente, as "regras" estavam sendo bem estabelecidas antes da chegada do pequeno. É claro que a expeíência sempre ajuda e o empirismo dos especialistas não pode ser desprezado, mas o fato de que as mães são diferentes e possuem sentimentos e intuições próprias acaba por ferir um pouco as certezas trazidas pelos livros. Pelo menos com a gente foi assim, não que os especialistas não tenham razão, mas o problema é que não temos "sangue de barata", e aí deixamos de aplicar os métodos mais radicias deixando de lado todo o resto.
Enfim, o fato é que agora o Potucão está querendo comer sozinho e ainda não tem a menor coordenação para "pescar" os alimentos do prato e inseri-los dentro da boca, fazendo a maior sujeira emvolta do cadeirão e comprometendo totalmente a refeição, já que o que entra na boca acaba sendo menos do que 10% da comida que estava no prato. Fora que tudo tem limite nessa vida, inclusive a paciência de quem está tentando dar a refeição a ele.
Aí, apesar de desacreditarmos (pelos motivos acima, não por duvidarmos da competência e conhecimento dos seus autores), voltamos às teorias de livros e artigos e mais uma vez recorremos à sabedoria especializada. Pois bem, nos deparamos então com conselhos unânimes de que a criança deve ser incentivada a comer sozinha a partir do momento em que demonstrar o desejo de fazê-lo e que os pais, SOB HIPÓTESE ALGUMA, devem proibi-la de tentar ou mudar o foco para outra atividade (sim, não sei quanto às outras crianças, mas o Gabriel precisa de um entretenimento para comer direito), mas o que não explicam é como é possível deixarmos a criança tentar comer sozinha mantendo a  "eficácia" da refeição.
Enfim, talvez seja preciso um intensivão de Supernanny...

"Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." (Pitágoras) 

terça-feira, 29 de março de 2011

Praça do Coco

O espaço não é neutro. Sempre educa. (VIÑAO FRAGO)

Para uma cidade tão carente de lugares públicos frequentáveis (e depois do nascimento do Gabriel que isso ficou mais latente para nós) como Campinas, Barão Geraldo realmente é um lugar que merece destaque! Já conhecíamos o Parque Ecológico da UNICAMP, que sem medo de errar afirmamos ser o mais bem cuidado e agradável da cidade. Enquanto o Taquaral estava se tranformando em um pseudo brejo, íamos logo pela manhã ao Parque da UNICAMP e já víamos trabalhadores varrendo os tanques de areia e tirando as folhas e gravetos da pista de caminhada, os patinhos e peixinhos estavam dentro da lagoa seguros de que não iam morrer contaminados. Fora que não era surpresa, ao longo da caminhada, ver coelhos e calangos cruzando a pista. Claro que o sabemos que o Taquaral é beeeeem maior do que o Parque Ecológico, mas ainda assim não é justificável o descaso com que vem sendo tratado. A pista de kart está abandonada há anos depois que foi desativada a pedido dos moradores da região que reclamaram da poluição das corridas. O estado das quadras de esportes ao ar livre é de dar dó! A reforma da caravela já fez alguns aniversários e nem a caravela foi terminada, nem a pista ao lado dela foi desinterditada. A lagoa dispensa comentários... quem der uma voltinha inteira em volta dela e estiver com o sentido do olfato em condições razoáveis vai entender...
Ainda assim, o desabafo acima não será capaz de acinzentar o relato da agradável experiência matinal de hoje. Depois de algumas indicações, resolvemos conhecer a Praça do Coco de Barão Geraldo (http://www.pracadococo.com.br/) que achamos o máximo!! Tem um parquinho super legal para crianças de até 10 anos, os brinquedos tem um tom rústico e seguem a linha do "ecologicamente correto". Tem também uma parte (tudo em tanques de areia) de treinamento de adultos para a prática de abdominais, barras, etc, e um trenzinho muito fofo, com inscrições nos vagões de saúde, felicidade, educação...
Diz a "lenda" que a praça foi cuidada pelo dono do quiosque, que fica em cima de um deck e vende coco (não poderia deixar de ser, não é?), pastel, sucos, etc. O clima é demais, tem gente chegando e saindo o tempo inteiro, mas mesmo assim o ambiente é coberto de tranquilidade.
Para quem cresceu frequentando a "Pracinha do Japão" em Curitiba(PR), é muito bom encontrar um lugar livre de qualquer sentimento de insegurança para poder levar o filho.


segunda-feira, 28 de março de 2011

Alergia à proteína do leite

Depois da enésina consulta ao especialista da vez, a hipótese levantada é que a alergia à proteína do leite possa ser a causa da constipação que tira o nosso sono...  Há uma probabilidade de 20%, então, não tivemos coragem de descartá-la.
Pois bem, diagnóstico apontado, começamos as investigações sobre a dieta que deverá ser seguida.É bem rigorosa e não permite NENHUM derivado de leite ou soja, sendo indicado, ainda, um leite especial que se chama "Pregomin Pepti". Quanto aos alimentos, o rigor deve ser mais sério do que imaginamos, pois ainda que os alimentos aparentemente não possuam leite em sua elaboração, podem sofrer "contaminação" no ambiente em que são feitos. Decidimos então que neste mês de teste somente serão ingeridos os alimentos feitos em casa. Vovó Vânia já vestiu a carapuça de padeiro e preparou pãezinhos "delícia", que foram degustados ontem mesmo!
Quanto à fórmula especial do leite que deverá ser ingerido, custa entre R$90,00 e R$ 120,00 a lata de 500g (existem de outras marcas que chegam a custar quase R$ 250,00 a lata de 500g). Para o mês de teste, ok, a compra do leite cabe no nosso orçamento, mas se as desconfianças se confirmarem, verificamos que o governo fornece o leite àqueles que necessitam. Pelas nossas pesquisas (ainda não fizemos os trâmites porque não temos certeza se será necessário), em SP funciona da seguinte forma:
Para obter as fórmulas infantis especiais, a criança deve passar por uma avaliação médica. Após a confirmação do diagnóstico, o especialista deve preencher a ficha de avaliação para o fornecimento de fórmulas infantis especiais.
Além disso, o médico deve elaborar um relatório justificando a necessidade da fórmula e duas vias da receita médica assinada e carimbada.
A mãe ou responsável deve juntar as declarações fornecidas pelo médico e as fotocópias de exames, certidão de nascimento, comprovante de residência, CPF e RG dos pais e do cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS) do paciente.
A documentação será avaliada para que a criança possa receber a quantidade correta da fórmula.
Documentos para a primeira solicitação da fórmula especial:
- Ficha de avaliação para fornecimento de Fórmulas
- Infantis Especiais preenchida pelo médico;
- Relatório Médico justificando necessidade de Fórmulas Infantis Especiais;
- Xerox dos exames do paciente (se houver);
- Receita médica em duas vias, carimbada e assinada;
- Xerox da certidão de nascimento do paciente;
- Xerox do comprovante de residência;
- Xerox do CPF e do RG dos pais;
- Xerox do Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS - Sistema único de Saúde) do - paciente.

Para retirada do leite é necessário o documento de identidade do responsável, acima de 18 anos; Não é necessária a receita médica.(Fonte: http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/)
Os médicos também disseram que seria difícil a ingestão do leite devido ao gosto, sugeriram até adicionarmos uma gotinha de baunilha (aquele utilizado em bolos e etc), mas como o produto tem álcool, preferimos tentar de outras formas. Hoje cedo deu super certo a adição de uma colherinha de café de "chocolate do padre" e uma colherinha de açúcar. A mamaderuca foi inteira!! Para as próximas vamos tentar excluir o chocolate, deixando só a colherinha de açúcar e tentaremos como opção bater o leite com alguma fruta. Mamãe experimentou e não achou assim tãããão ruim, parece leite de caixinha desnatado...